sexta-feira, 3 de abril de 2009

Um ditado sobre o desenvolvimento do ser humano

O desenvolvimento humano é muito rico e diversificado. Cada pessoa tem as suas próprias características, que as distinguem das outras pessoas, e o seu próprio ritmo de desenvolvimento.
“ Aprender até morrer”, é um ditado do povo, sabedoria popular que nos deve orgulhar a todos e para o qual devemos encontrar resposta.
A Aprendizagem não se faz apenas para tirar cursos. O correcto é aprender até morrer.
Aprender sempre é a grande viagem que o Homem tem que fazer. É uma atitude perante a vida.
Todos nós precisamos sempre de adquirir novos conhecimentos. Seja qual for a nossa ocupação, sejamos jovens ou entrados nos anos, vivamos numa grande cidade ou num meio pequeno, é-nos sempre necessário assimilar e compreender novas técnicas, novos dados, novas informações.
Em qualquer actividade, o ser humano tem de se manter sempre apto para estudar e conservar-se eficiente.
Assim afirmou também o Dr.L. Hubbad: “ As pessoas que triunfam na vida nunca deixam realmente de estudar e aprender”.
As palavras estudar e aprender, levam-nos sem dúvida a pensar no meio pelo qual o ser humano adquire novos conhecimentos, não se esgotando a aprendizagem nas escolas ou nos cursos. Ela também se consegue pela experiência, pelos media e outros meios ao seu alcance.
A persistência em trabalhar diversos aspectos da vida conduz a novas formas de entendimento e de evolução e desenvolvimento humano.
Aprendemos com os nossos erros, com as nossas derrotas e vitórias, com o que fazemos e deixamos de fazer e com as consequências dos nossos actos.
É através do conhecimento que o ser humano evolui. A nossa vida é uma aula contínua, para a qual devemos estar atentos, se quisermos aprender.
Podemos hoje assistir ao regresso à escola de pessoas com alguma idade menos jovem, mas que transportam com elas o desejo de permanecer intelectualmente activos, actualizados, capazes de interpretar criticamente o mundo em que vivem.
No dia-a-dia de cada um fazem-se aprendizagens e adquirem-se saberes que complementarizam os da escola.
A aprendizagem é permanente busca.
Mesmo quem deixou os bancos da escola continua a ter necessidade de aprender para dar resposta às exigências do dia-a-dia.
Neste campo, temos cada vez mais presente a adesão e procura dos mais idosos às inovações da informação e da comunicação, para valorização própria e até mesmo para fazer frente a incapacidades que os levam a manter-se em contacto com o exterior. A aprendizagem é permanente.
“ Aprender até morrer”: qualquer pessoa tem de conservar a sua capacidade de estudar e aprender se quiser manter-se eficientemente vivo.
A Aprendizagem faz-se ao longo da vida, tal como o desenvolvimento humano, não apresenta saltos radicais, a evolução é gradual e contínua.

Um post em que relacione a psicologia do desenvolvimento com a educação ao longo da vida.

A Psicologia do Desenvolvimento é a ciência que tem como objectivo estudar a génese e a evolução dos processos psicológicos ao longo do tempo. Foca sobretudo os seus interesses na área do crescimento humano.
Procura-se estudar e compreender os processos de desenvolvimento do nosso comportamento ao longo da vida, da fecundação até à morte.
As causas do desenvolvimento humano são múltiplas e complexas, sendo entendido pela grande maioria dos psicólogos, como o resultado da interacção entre a hereditariedade, o meio e o factor tempo.
A origem das características dos seres humanos, do que os leva a ser e comportar-se de determinada forma, leva investigadores e pensadores a procurar respostas a estas questões.
Cada um de nós está assim em permanente reconstrução. Á medida que vivemos, que crescemos, que nos relacionamos com os outros, vamo-nos transformando e vamo-nos tornado quem somos, encontrando as nossas formas de pensar, de sentir e de agir.
Ao longo do tempo as pessoas mudam, os seus corpos mudam, muda a sua forma de ser e de estar. A mudança faz parte de nós próprios.
[…a principal característica dos seres humanos é a plasticidade que os acompanha ao longo da vida e que de modo algum termina com a adolescência. Tudo quanto sabemos acerca da plasticidade biológica, de modo como os seres humanos interagem uns com os outros, como reorganizam as suas vidas, as suas concepções do mundo, a sua própria identidade reforçam a ideia de que a mudança nos acompanha ao longo da vida.] [1]
Quando se fala em Educação ao Longo da Vida, devemos ampliar o nosso conceito para uma realidade que envolve o ser humano como um todo, não se restringindo apenas aos conhecimentos e formação adquiridos numa escola.
Educação deve ser entendida como um processo, algo que tem início e nunca termina, e que envolve o ser humano como um todo: físico, intelectual, emotivo, psicológico, social, religioso, etc.
Extrapolando os limites da escola, que é um período determinado para a maioria das pessoas, a educação ao longo da vida vai muito além no aspecto temporal e de competência.
Quando saímos da escola precisamos continuar o nosso processo educativo, a realidade muda, nós mudamos.
Hoje, os meios de comunicação, como a Internet, colocam-nos em contacto imediato com o mundo todo, com culturas radicalmente diferentes das nossas, com factos no exacto momento em que estão a acontecer.
Isso nos impõe uma adaptação à realidade, o que exige um aprender permanente.
A convivência contínua com os outros leva-nos a avaliarmos a nossa educação ao longo da vida. Todos precisamos estar actualizados para acompanhar o desenvolvimento da sociedade, as mudanças de paradigmas, as transformações culturais.
E aprendemos diferentemente em cada idade. E aprendemos coisas diferentes em cada período. O nosso corpo tem formas diferentes de se adaptar ao longo do crescimento. Tem diferentes necessidades dependendo da idade. Ao nascer “luta” por se afirmar, depois aprende a ajustar-se, luta para se perpetuar e por fim “luta” para se preservar, luta contra o seu fim como indivíduo.
Um processo complexo, dinâmico, interactivo. Único em cada indivíduo mas que passa por fases semelhantes em toda a espécie.


[1] Psicologia do Desenvolvimento/Universidade Aberta/Adaptado de M. Monteiro e P. ferreira, Ser Humano, 2ª Parte, 2006

5 perguntas que considere pertinentes sobre o desenvolvimento do ser humano.

1.1 Crescer dói? Porquê?
1.2 Começamos a morrer quando desistimos?
1.3 Crescer é estar conforme os demais ou ser mais eu sem que os outros tenham de deixar quem são?
1.4 Porque é que consigo aceitar tudo em mim e pouco nos outros?
1.5 Preciso de saber mais para crescer ou preciso de saber fazer mais com o pouco que já tenho?